Imersos na cultura maculada
por promessas de plenitude do amor romântico crescemos apostando em outro que
nos restitua a plenitude perdida desde e para sempre... Das promessas seladas
nos contos de fadas, atravessando os irretocáveis frutos de Casablanca talhados
no charme nostálgico das telas em preto e branco, desembarcando na proximidade
excessiva de Closer e sua critica alucinante à completude desenhada no encontro
do par, nossas preces evocam sufocar a inquietude em um encontro derradeiro e
apaziguador de nosso desejo fluido e insaciável... Talvez evoquemos as vestes
da paixão antes que caibamos nelas... Brincamos de amar, fazendo eco aos amores
inventados cantados no delicioso exagero de Cazuza... Antes mesmo da captura
derradeira por um olhar, por uma voz, por um traço inconsistente e paralisante
já sabemos bradar inconsoláveis o gozo e a dor geradas por todo amor...Sim,
ensaiamos amar de verdade antes de sabermos como e se há verdade no amor e nas
promessas que o entregamos para que nos restitua...
Mas há algo de incontestável
na perda primeira dos domínios da alma, no abandono às sensações que calam o
corpo... Deliciosamente entregues ao outro não pestanejamos em reafirmar: “É
COMO DIZEM POR AÍ...”, atravessamentos avessos à lógica, dolorosos frente a
gigantismo do prazer que cravam! Inexatamente “IMPRESSIONANTE, GIGANTE,
BERRANTE, ALUCINANTE, VIBRANTE, ÀS VEZES ATÉ IRRITANTE...”
A soma aleatória e
inesgotável de significações de tudo que exala euforia, que evoca música,
transpassa a pluralidade encantadora do carnaval, o prazer magicamente contido
no sabor dos chocolates... “ CONTAGIANTE, CORTANTE, PARALISANTE,APAVORANTE...”
Trata-se de LUANA MALLET nos
ditando os contornos do indizível!
Lindo!
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