Posso viver
de amor
Posso matar
de amor
Pode morrer
de amor
Quem nunca
morreu de amor?
E eu sofro
quando você não está
Todo mundo
diz "melhor deixar pra lá"
Eu sei mas,
É que eu não
sei deixar
E eu já
morri de amor
Quem nunca
morreu de amor?
Longe
Posso ir bem
longe
Bem longe de
mim
Pra chegar
mais perto de você
Longe
Eu fui bem
longe
Todo caminho
me levou até você
E o que
posso fazer?
Posso zombar
do amor
Posso
enganar o amor
Posso negar
o amor
Quem nunca
escondeu a dor..
..que eu
sofro quando você não está?
Todo mundo
diz "melhor deixar pra lá"
Eu sei, mas
É que eu não
sei deixar
Sim, eu já
morri de amor
Quem nunca
morreu?
Longe
Posso ir bem
longe
Bem longe de
mim
Pra chegar
mais perto de você
Longe
Eu fui bem
longe
Todo caminho
me levou até você
E o que eu
posso fazer?
Posso viver
de amor..
No reino do
consumo, aquele de afetos descartáveis e relações instantâneas quem ousaria
tocar na vida e morte encerradas no amor? No templo do “parecer”, do “possuir”
em detrimento do “ser”, quem evocaria a permissiva loucura legitimada pelos
contornos do amor?
Luana
dissera que entoar “posso viver de amor” soara como brincadeira quando
disparara esse verso... Mas veículo melhor para ditar verdades humanas não há!
Em terras desertificadas, as pequenas e cotidianas mortes do “eu” em nome do
“nós” consolidam laços que suplicamos em fantasia, mas não sustentamos em
realidade...
Longe aponta
as doces obsessões perdoadas em nome da nostalgia que nos reenvia ao amor
romântico! Porém, ao contrário do último, faz soar em sua última nota o aspecto
gregário, construtivo e repleto de vida que guardam todas as formas de amor!!!
Genialidade
que Luana repartira com aquele que a banhou em música, seu pai (Glauco Fernandes) e
com aquela que faz parecer fácil traduzir a loucura nossa de cada dia
transvestida de amor... Ana Carolina!
A música
guarda ainda o segredo de ditar em suas notas aquilo que as palavras não ousam
tocar... Ouvi-la repetidamente faz parecer que adentramos o universo de Luana e
que ela visitou o íntimo de cada um de nós... Ouvi-la desvenda nossa
fragilidade em buscar no outro o que soa como presença arrancada de nós...
Ouvi-la nos desperta humanos... Ouvi-la nos atravessa amantes!
Dizer
verdades complexas em versos simples é compor com genialidade!
Sim, posso morrer de Amor.....
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