quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

THE VOICE:





Como escolher uma voz dentre as mais belas?
 Por onde passa essa escolha?
Ilusão pensar  que partimos da razão e nos localizamos nos terrenos da consciência... Ilusão nos colocarmos como sujeitos dessa escolha... 
Uma voz, sustentando uma canção, nos atravessa, nos captura naquilo que possuímos de mais íntimo e inalcançável pelas palavras...
O mundo nos é apresentado por um som de voz incognoscível; por um emaranhado de afetos; por sensações que nos conduzem do caos ao bem-estar, da calmaria às paixões... O início de um “eu” a organizar esse caos afetivo e ensurdecedor passa pelo acolhimento de uma voz... A voz que nos diz algo a percorrer símbolos que adotamos como nossa língua, mas sobretudo a voz que nos diz o que não sabemos como traduzir em significados!
Jamais digamos que escolhemos a voz de Luana! Procurávamos uma voz que nos dissesse algo sobre os ápices de nossos afetos... Luana chegou a cada um de nós, revirando nossa diversidade com algo que passaríamos a brindar em comum! A voz de contornos suaves, capaz de visitar os recantos de nossas paixões mais intensas... Chego a ser herege em foçar uma descrição. A voz de Luana toca sem pudor as angústias, os amores, o que nos resta de instintivo, o que nos corrói em incompreensão, aquilo que nos faz paralisados a contemplar...
Luana é a nossa voz! Aquela que nos diz quase tudo sobre nós mesmos e fará ecoar aos quatro cantos do mundo o que não ousamos ou podemos gritar, o extremamente sentido, o sem sentido!

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