quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tudo Bem:







Tudo bem, entre nós tá tudo bem
Pra que olhar pra trás?
Tudo bem, sei que tenho um passo certo a seguir
Pra que olhar pro fim?
Tudo bem se você demora
Tudo bem que não seja agora
Pra que falar de nós?


Todo amor tem um antes e um depois

Pra que falar demais?


Sem você, o tempo e a solidão só pra mim


Pra que dizer enfim?


Fico aqui no lado de fora

Sei que o tempo não te levará de mim

Seja pra sempre essa nossa história

Eu sei que você também procura por mim

Pra que dizer demais?



Abre-se uma janela... Com os olhos fechados respira-se o frio e a umidade  A baixa luminosidade confere acolhimento, recolhimento à invasão dos olhares! Luz prateada de um luar pleno em ambiguidades... Sombra e luz, esconderijo dos corpos e revelação dos desejos! As cortinas se fecham para esconder as máscaras encarnadas nos corredores do cotidiano! A lua abre as portas para as fantasias dos amantes...
Assim se faz o percurso da melodia intensa de “Tudo bem”! Ainda que a canção se privasse de palavras, percorreria as oposições e proximidades das relações humanas... Luana mais uma vez nos presenteia dando voz as contradições que calamos atônitos quando nos fazemos afeto cru, sentimento bruto, incompreendido e avassalador!
No restritivo e amenizador terreno das palavras, “Tudo bem” percorre as rupturas, descaminhos e descontinuidades contínuas de um encontro...
Tradução de todos aqueles que ousaram ler o que se esconde nas páginas que seguem o “felizes para sempre”... Não por isso menos entregues e mais descrentes! Algo diverso: humano, demasiadamente humano!

2 comentários: